A crise e os empregos dos antigamentes
01:58Tendo em conta o clima de manifestação anti-governo que anda por aí, decidi (na qualidade de pessoa politicamente hermafrodita), variar um b...
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Tendo em conta o clima de manifestação anti-governo que anda por aí, decidi (na qualidade de pessoa politicamente hermafrodita), variar um bocado e tentar dizer algo de construtivo acerca deste assunto! Foi aqui que a coisa começou a descambar... Quem sou eu pra pensar que posso opinar sobre estas coisas? Estavam lançados os dados para o caos e a destruição... Enfim, após uma longa e exaustiva reflexão durante o meu momento Zen de hoje, cheguei a duas conclusões brilhantes:
- Não pesco nada de política!
- Preciso de comer mais fibras...
Já eu tinha praticamente desistido do assunto, quando o destino interferiu, e vi na televisão alguém a queixar-se que o homem estava cada vez mais a ser substituído pela máquina, e que esse facto era um dos impulsionadores do aumento das taxas de desemprego ao longo dos últimos anos.. Ora, como jovem curioso e sedento de conhecimento (e após ouvir falar num certo emprego que será mencionado mais à frente), decidi averiguar que empregos foram esses que se perderam no tempo. O resultado foi, no mínimo, perturbador... Eis os 3 que me chamaram mais à atenção:
- 3 Despertador humano - Parece que havia pessoas que eram pagas para espancar violentamente as janelas alheias a determinadas horas, para garantir que os clientes acordem à hora desejada... Será que se contratavam mutuamente para se acordarem a si próprios?
- 2 Piloto de Crash-Test - Antes de existirem aqueles bonecos amarelos que vão dentro dos carros nos testes de segurança (aqueles parecidos com os gatos fedorentos), esses testes eram feitos por pessoas, que depois eram avaliadas pelo número de ossos partidos, etc.
Em primeiro lugar, e de longe o mais bizarro de todos, estão os provadores de urina! Parece que antes de haver os sistemas tecnologicamente avançados de hoje para fazer análises à urina, as análises eram feitas por pessoas que eram pagas especificamente para provar o dito néctar dourado, e procurar travos adocicados, envinagrados, etc. para diagnosticar diabetes e afins! Isto é rigorosamente verdade, meus amigos!
Vamos fazer um pequeno exercício mental, e imaginar um curso desta profissão nos antigamentes. Numa qualquer universidade perto de si, uma sala gigante cheia de alunos previamente instruídos a trazer de casa um tupperware com o seu "elixir pessoal". Para eliminar qualquer tipo de parcialidades/batotas durante o exercício, teria obviamente de existir um sistema de "troca de prendas" (ca noijo, e pagavam eles pra estudar isto...) tornando todo o processo um tiquinho mais surreal!
Não entrando em detalhes sórdidos como o gorgolejar e deitar fora, posso apenas concluir uma coisa: quem quer que fosse que estivesse desesperado o suficiente para se meter nesta profissão, não tinha vida social!
Ora façam lá um esforço, e acompanhem o meu mórbido raciocínio... Acham que algum homem/mulher iria aguentar mais de 2 minutos num date com um profissional deste ramo? Se o bafo a Lindor Mulher não os afugentasse, o olhar psicopata para a flute de espumante dava conta do recado! A única solução seria casarem entre si... ou não! Imaginem a conversa ao jantar:
"Maria das dores - Então ó Zé, que tal foi esse dia de trabalho?
Zé Foguete (existe sempre um foguete em todas as terrinhas) - Foi porreiro! Hoje provei lá uma pomada... Que espectáculo! Era um macho gordo, colheita de 83 com o colesterol nos píncaros, aquilo parecia canja de galinha! E o teu?
Maria - Maijómenos... Recebemos uma remessa da unidade de queimados... ainda não consegui tirar o sabor a refogado da boca!"
Esta era uma realidade perturbadora e traumatizante, e acho que falo por todos ao dizer que pelo menos neste caso, a tecnologia foi mais que bem vinda!
.. Peço desculpas por eventuais traumas, mas se pensarem bem, estes cenários são bem capazes de terem existido! E pensar que isto começou tudo numa reflexão política...
Cheers! ;)
